terça-feira, 9 de agosto de 2011

Provas contra número 2 do Turismo são robustas, diz PF

Folha de S. Paulo - FILIPE COUTINHO
 
O diretor-executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira, disse que 33 pessoas foram presas e R$ 610 mil foram apreendidos na Operação Voucher, deflagrada nesta terça-feira e que investiga desvios de dinheiro no Ministério do Turismo. Após a entrevista, a PF confirmou a prisão de mais duas pessoas, aumentando o número para 35.
Segundo o delegado, o secretário-executivo da pasta, Frederico Costa, o ex-secretário-executivo, Mário Moysés, e o secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, foram presos preventivamente, ou seja, para evitar a eliminação de provas e com prazo maior de detenção.
PF prende secretário-executivo do Ministério do Turismo
PMDB diz que ação da PF no Turismo também atinge outras siglas
Secretário preso atua no Ministério do Turismo desde sua criação
Marta diz que ex-assessor preso teve conduta exemplar
Entenda a crise no governo de Dilma Rousseff
"Para que a Justiça decrete a prisão preventiva, as provas têm que ser mais robustas do que as prisões temporária", disse o delegado. Por determinação da Justiça Federal, todos que foram presos preventivamente serão encaminhados a Macapá, onde a investigação está centralizada.
Sérgio Lima/Folhapress
Presos pela Operação Voucher, da Polcia Federal, chegam ao aeroporto em Brasília
Presos pela Operação Voucher, da Polcia Federal, chegam ao aeroporto em Brasília
A investigação da PF começou em abril deste ano. No total, a Justiça expediu 38 mandados de prisão --19 temporárias e 19 preventivas--, mas 35 foram detidos até a noite de hoje. Em Brasília, dez pessoas foram presas preventivamente, enquanto sete estão detidos temporariamente e deverão ser soltos após prestarem depoimentos.
De acordo com a investigação --que deve ser finalizada entre duas semanas e um mês-- o convênio suspeito totaliza R$ 4,45 milhões do ministério, em convênio com o Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável), no Amapá.
"O dinheiro era repassado pelo ministério ao Ibrasi, que usava empresas do grupo ou fictícias. A partir desse repasses, os treinamentos não eram executados", disse o delegado.
Os policiais suspeitam que pelo menos dois terços deste valor foi desviado.
O Ministério do Turismo fez o convênio com dinheiro originado de emenda parlamentar. Segundo o delegado, contudo, não há indícios, "até o momento", de participação de deputados no esquema.
Na casa do diretor do Ibrasi, em São Paulo, foram apreendidos R$ 610 mil --um dos objetivos da operação era justamente buscar dinheiro vivo. A PF, contudo, disse que não informará nomes dos envolvidos nem especificar a conduta de cada um.
De acordo com o delegado Paulo de Tarso Teixeira, as oitivas que serão realizadas servirá para esclarecer a participação dos envolvidos no esquema.
PLANALTO
Questionado se a presidência da República sabia com antecedência da investigação, o diretor-executivo da PF afirmou que as informações só foram repassadas após a deflagração da operação.
De acordo com Paulo de Tarso, a PF é "apartidária" e tem autonomia para investigar.

0 comentários:

Postar um comentário

 

EZTETYKA! Copyright © 2011 -- Template created by O Pregador -- Powered by Blogger